Estamos envoltos em muitas relações sociais, e isso acaba intervindo em nossas vidas das formas mais diversas. Percebam o quanto vamos ficamos vulneráveis, ao ponto de nossa capacidade de nos relacionarmos, ao invés de nos fortalecer, vai nos debulhando. Nossa energia acaba sendo sugada ou dissipada.
Muitos confundem essas sensações com mediunidade. Mas afinal, o que é emocional, o que é inconsciente, o que é físico e o que é espiritual?
Mediunidade não tem nada a ver com absorver o meio. Pensemos que o Chico Xavier foi um dos maiores médiuns do mundo – em todos os tempos – e ele não tinha alterações de humor, não se afetava com o ambiente, nem “captava” energias negativas dos outros.
Mediunidade é diferente de invasão energética. Invadimos e somos invadidos pelos outros constantemente. As vezes durante uma conversa, quase podemos ver os “tentáculos” alheios nos absorvendo. A manipulação e a necessidade de dominar os outros, de fazê-los pensar como pensamos, é a principal causa. Nada tem a ver com mediunidade, e sim com descontrole ou mal gerenciamento de nosso corpo mental e energético (ou bioenergético).
Pensem que podemos ouvir os outros e querermos ajuda-los, mas isso não significa que temos nos envolver com o problema. Para um cirurgião operar alguém que acaba de perder a mão, ele tem que ter a dele! Não podemos nos perder de nós mesmos no processo de auxiliar o próximo. Se a fulana te conta um problema que está passando e você fica mal, tem algo errado. Pense que Deus está permitindo que a pessoa passe por uma determinada situação, e se você acha injusto, você está julgando DEUS! Dizendo que ele não sabe o que está fazendo.
Se você entra em um lugar e fica desgastado, isso significa que você é sensível e aberto, não que é médium. Mediunidade é capacidade de se comunicar com espíritos, não tem nada a ver com ser permeável a qualquer coisa.
Temos de sentir as energias, o que é diferente de sermos “arrombados” por elas, ficando vulneráveis e instáveis emocionalmente. As ondas, ou tentáculos energéticos só nos invadem se somos permissivos.
Se você se identificou com as características que citei acima, pense que você não está no controle das suas energias. Tudo que não tem um dono, alguém assume, afinal, “achado não é roubado”. Se a energia está solta, alguém vai lá e domina. Aí, ao invés de seu magnetismo pessoal trabalhar ao seu favor, passa a trabalhar a favor dos outros e sua vida fica uma calamidade. A responsabilidade é toda sua, você que não usou o que a natureza e a espiritualidade lhe deu ao seu favor, ensinou sua energia que o importante é o outro. Aí sua energia (que é inteligente e aprendeu assim) trabalha para os outros e não para você.
A perda de identidade é exatamente isso: não saber mais o que é do outro e o que é seu. Já pensou quantas situações negativas você vive e já viveu que nem eram suas? Quando você absorve algo, esse “algo” vira uma parte sua, ou seja, “comprou, então leva!”.
Pensem nisso, é uma boa reflexão. Até que ponto estamos ajudando, e até que ponto estamos sendo invadidos e lidando com isso como se fosse algo correto? Não acho que sabotar a si mesmo seja algo saudável.
Deus nos deu tudo que precisamos, mas se não soubermos utilizar esses recursos, parados é que eles não ficam: alguém vai usar no seu lugar.
Pense nisso.
Abraços.