No Amazonas casos de intolerância religiosa terão diferenciação

Novos policiais do Amazonas serão capacitados para atender vítimas de intolerância Religosa

Representantes de religiões afro participarão de treinamento de policiais para combater intolerância religiosa. Foto: Agecom/ Bahia
Representantes de religiões afro participarão de treinamento de policiais para combater intolerância religiosa. Foto: Agecom/ Bahia

Manaus – Com três meses de atraso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) elaborou a programação do curso específico para os agentes da segurança pública que atuarão no enfrentamento à intolerância religiosa no Amazonas.

A capacitação foi recomendada pelo Ministério Público Federal (MPF) em maio deste  ano com prazo de 60 dias para qualificar os policiais civis e militares e 120 dias para providenciar instalações especiais.

O ouvidor-geral do Estado, Aloízio Paes, que coordena a elaboração do curso, afirmou que somente em 30 dias o conteúdo programático estará pronto.

“Vamos estudar a melhor forma deste curso alcançar o maior número de policiais, o ideal é que o curso seja presencial e será inserido na formação básica dos próximos policiais que entrarem no sistema de segurança pública”, disse o ouvidor.

A capacitação será realizada pelo Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública do Estado (Iesp-AM).

Cartilha

A Ouvidoria do Estado, em parceria com três associações religiões de matriz africana, também elaborou a cartilha ‘Campanha em Defesa da Liberdade de Crença e Contra o Ódio Religioso’.

Segundo Aloízio, a publicação será lançada este mês em um grande evento, ainda sem data definida.

Em junho deste ano, o PortalD24AM publicou que em nove anos 15 pais e mães de santo sofreram crimes de intolerância religiosa em Manaus, segundo levantamento da Articulação Amazônica de Povos Tradicionais de Matriz Africana (Aratrama). Os dados foram usados pelo MPF para embasar as recomendações à SSP.

Na reportagem, o procurador da República, Júlio José Araújo Júnior, explicou que a recomendação era resultado de um inquérito civil público, que mostrou o aumento de crimes por intolerância religiosa na capital.

“As comunidades tradicionais e seus representantes apresentaram casos que iam de violências cotidianas até físicas em audiência pública realizada ano passado. Após isso, apuramos e percebemos que, embora exista na Casa Civil um projeto de delegacias especializadas, os órgãos de segurança deram respostas genéricas e não souberam dar detalhes dos crimes, pois não apuram essa diferenciação”, explicou Júnior.

 

Fonte: http://new.d24am.com/noticias/amazonas/casos-intolerancia-religiosa-terao-diferenciacao/121467

 

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