Quatro meses após incêndio, templo de umbanda permanece fechado
‘Até hoje colocam flores onde era o centro’, conta advogada do terreiro.
Autor do crime foi condenado a quatro anos por incêndio e ameaça.
Quatro meses após ser incendiado, o Templo Religioso Hermínio Marques, em Araraquara (SP), permanece fechado. “Até hoje colocam flores onde era o centro”, afirmou a advogada do terreiro, Carla Missurino.
Criado há mais de 60 anos, o centro era o único no distrito de Bueno de Andrada e foi incendiado na madrugada de 11 de setembro. O fogo destruiu livros, imagens e comprometeu a estrutura do prédio.
“As pessoas perderam o local em que praticavam sua crença, ficaram sem referência”, comentou Carla.
O caso foi levado à Justiça e o autor foi condenado a quatro anos de reclusão por incêndio e crime de ameaça. Segundo a advogada, por ser réu primário, ele cumpre a pena em liberdade.
Entenda o caso
Na época do incêndio, fiéis contaram que o homem suspeito de atear fogo no templo havia começado a frequentar o espaço e se interessado por uma mulher que trabalhava no local.
No dia 10 de setembro, ele foi a uma cerimônia e teve de sair. “Ele começou a gritar, estava descontrolado, exaltado, então os dirigentes do terreiro pediram para ele se retirar e ele ameaçou a menina de morte dizendo que colocaria fogo nela e no Centro”, disse Carla na ocasião.
Ao término dos trabalhos, por volta da meia-noite, o terreiro foi fechado. Menos de duas horas depois, os bombeiros foram chamados para apagar o incêndio e uma testemunha relatou ter visto o suspeito cortar o alambrado e entrar no prédio com um facão e uma pá.